quarta-feira, 5 de março de 2014

Como Nasce o Pecado? - Continuação Capítulo 1

           O pecado brota de uma maneira muito simples e fácil. Normalmente, há um verdadeiro descaramento por parte do pecador que tenta justificar o seu pecado, alegando ter sido "sem querer", ou porque "não estava vigiando" ou foi apanhado de surpresa. Tudo isso é mentira e faz inda o seu pecado se tornar mais grave, porque quem assim procede não está realmente arrependido. 
          Na realidade não há pecado involuntário. Qualquer ato humano inclui a vontade e a intencionalidade sem as quais não existe responsabilidade.
          Quando alguém comete algum erro pecaminoso, o faz por livre e espontânea vontade, pois como está escrito: "Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas orças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar."
          Isso significa dizer que ninguém é tentado de tal forma que não possa resistir. O que realmente acontece é que o pecado é como uma semente plantada no coração e que vai se desenvolvendo gradativamente até que venha a dar á luz, isto é: nasça.
          O diabo sempre traz a tentação, oferecendo sutilmente as coisas que "agradam aos olhos", como fez com Eva, que depois de ter "ouvido as suas palavras" começou a observar os detalhes do fruto proibido, conforme narra a Bíblia: "Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu." Gênesis 3.6
Verifiquemos, então, como se dá o nascimento do pecado:
          O pecado pode nascer através de uma simples voz ou conselho de alguém - que pode ser um parente, amigo ou mesmo um ente querido - que com boas intenções, tentando ajudar, acaba levando a pessoa a cometer um grade erro diante de Deus.
Por exemplo: Quando o Senhor Jesus começou a dizer para os seus discípulos que era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas, inclusive ser morto e ressuscitado no terceiro dia; Pedro, então, bem intencionado, chamando-o à parte, começou a reprová-Lo, dizendo:
"Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse á Pedro: Arreda, Satanás! Mateus 16. 22,23
          Aquela voz certamente não era a de Pedro, mas de satanás. Da mesma forma, quantas pessoas tem caído em pecado por dar ouvidos a vozes "inocentes e ingênuas?!"
          Devemos tomar como exemplo o próprio Senhor Jesus que imediatamente, repreendeu aquela idéia diabólica, não esperando tirar outras conclusões daquele conselho.
          Há pessoas que desejam "ver" e pela curiosidade são atraídas ao pecado. O seu pensamento é duplamente bombardeado, primeiramente pela dúvida e depois pelo desejo, numa ação demoníaca que passa a esperar o então nascimento do pecado.
Eva "viu que a árvore era boa para comer". O Espírito Santo nos chama muito a atenção para o fato da concupiscência dos olhos, que nada mais é do que uma cobiça ou ganância provocada pelos olhos que, por sua vez, nunca se cansam de ver.
          Essa é a razão pela qual o Senhor Jesus afirmou que os olhos são a lâmpada do corpo, significando que o nosso corpo está sujeito à luz que os olhos refletem nele. Se os olhos forem bons, isto é, se não provocarem a ganância ou a cobiça, que são desejos ilícitos e pecaminosos, então todo o corpo será iluminado ou abençoado; mas, se por acaso os olhos forem cobiçosos, então atrairão para o corpo todos os tipos de pecado, tornando-o verdadeiramente em trevas. Todo o pecado tem seu início na mente, quer pelas palavras diabólicas, quer pelas imagens visuais. Se é repreendido antes de chegar á mente, então fica mais fácil vencê-lo; entretanto se o deixarmos assentar no coração(mente), então fica mais difícil expulsá-lo, mas não impossível. Para isso basta confessá-lo ao Senhor Jesus e pedir-lhe que o tire do coração.



Autor (Bispo Macedo) - Livro Pecado e Arrependimento, p. 14-18 3ª Edição, 2007


Na Fé,


Bruna Rafaela

Nenhum comentário:

Postar um comentário